Nutrição Clínica

Dietas da Moda
Avaliação do estado nutricional e adesão a dietas da moda por
praticantes de atividade física de um clube do município de São Paulo
A busca pelos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade faz cada vez
mais as pessoas buscarem as dietas da moda, que restringem muito sua
ingestão calórica, pondo em risco o adequado funcionamento do organismo,
causando sérios danos a si mesmos. Esse estudo se propôs a estudar
indivíduos maiores de 18 anos praticantes de atividade física de uma academia
de São Paulo. A maioria encontrava-se eutrófico em relação ao IMC, quando
analisado a adesão a dietas da moda, as mulheres aderiram mais que os
homens, com o objetivo de perda de peso, mas os homens que aderiram a
essas dietas tinham como objetivo o ganho de massa muscular. Porém, a
maior parte dos entrevistados não acham que essas dietas sejam a melhor
maneira de controlar o peso.
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, No 173, Octubre
de 2012.
Avaliação do estado nutricional e adesão a dietas da moda por
praticantes de atividade física de um clube do município de São Paulo
*Discente do Curso de Nutrição do Centro de Ciências Biológicas
e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie
**Docente do Curso de Nutrição e Coordenadora dos Estágios do Centro
de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie
***Docente e Coordenadora do Curso de Nutrição do Centro
de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Priscilla Bogaert Santos Navalhas**
Edeli Simioni de Abreu**
Daniela Maria Alves Chaud***
(Brasil)
Resumo
É cada vez maior a disponibilidade de dietas radicais, sempre com o
mesmo tema de emagrecer sem sacrifício. As pessoas acabam criando
expectativas irreais, tanto quanto a velocidade de perda de peso quanto á
quantidade de peso perdido. O desprazer com a forma física e a constante
busca pela magreza fazem com que as pessoas limitem sua dieta, deixando de
ingerir alimentos nutritivos que são necessários para o adequado
funcionamento do organismo, podendo causar sérios problemas de saúde.
Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar o estado nutricional e verificar a
adesão às dietas da moda por praticantes de atividade física de uma academia
de ginástica de um clube na região oeste, da cidade de São Paulo. Trata-se de
um estudo transversal com coleta de dados primários, foi aplicado um
questionário contendo questões objetivas e subjetivas. Analisou- se a altura e
peso pelo Índice de Massa Corporal (IMC) e para a avaliação da circunferência
da cintura foram adotados os valores de referencia conforme as normas da
OMS (1998). A amostra do estudo foi composta por 42 adultos acima de 18
anos, sendo 23 (54,7%) do sexo feminino e 19 (45,2%) do sexo masculino.
Com relação aos dados antropométricos, dentre os homens 13 (30,9%) estão
eutróficos e 5 (11,9%) apresentaram sobrepeso, enquanto que 18 (42,8%)
mulheres se encontram com peso saudável e 2 (4,7%) foram classificadas
como obesas. Para a classificação da circunferência da cintura, entre os
homens 16 (38%), e 14 (33,3%) mulheres, apresentaram baixo risco para
doenças cardiovasculares. Quanto a algum tipo de tratamento para controle de
peso, 11 (26,1%) mulheres relataram sim, ter feito algum tipo de tratamento,
enquanto que 13 (30,9%) dos homens nunca fizeram algum tipo de tratamento.
Em relação aos participantes que já aderiram a algum tipo dieta da moda, 5
(11,9%) são mulheres e 2 (4,7%) homens. Sobre o objetivo da dieta, 4 (9,5%)
homens e 5 (11,9%) mulheres responderam Perda de peso, 2 (4,7%) dos
homens disseram que fazem ou já fizeram dieta para ganhar massa muscular.
Pode-se observar que a maioria dos indivíduos pesquisados (92%) não
considera as dietas da moda como a melhor maneira para o controle de peso.
Pode-se concluir que grande parte dos entrevistados apresentaram eutrofia, e
baixo risco para doenças cardiovasculares, as mulheres se importam mais com
tratamentos para controle de peso e aderem a dietas da moda, enquanto os
homens valorizam mais as dietas para ganhar massa muscular.
Unitermos: Dietas da moda. Estado nutricional. Praticantes de atividade
física.
Abstract
With the growing availability of radical diets, promising weight-loss
without effort, people end up creating unreal expectations as to the speed and
amount of weight-loss. The dissatisfaction with physical appearance and the
constant quest for fitness makes people limit their diets, refraining from eating
nutritious food necessary for the proper functioning of the body, possibly
causing serious health problems. Considering this, the objective of this thesis is
to assess the nutritional status of physically active people and their tendency to
adopt a trending diet. This is a cross sectional study with primary data
collection. A survey containing objective and subjective questions was made
with random people in the gym of a western São Paulo health club. The height
and weight were analyzed in form of Body Mass Index (BMI) and for the
evaluation of the waist circumference, reference values from the WHO
guidelines (1998) were used. The study sample consisted of 42 adults over 18
years of age, 23 (54.7%) of them being female and 19 (45.2%) male. The
evaluation of the anthropometric data revealed 13 (30.9%) of the male subjects
being eutrophic and 5 (11.9%) of them being overweight. Among the female
subjects 18 (42.8%) are of healthy weight and 2 (4.7%) classified as obese. As
to the classification of the waist circumference, 16 (38%) of the men and 14
(33.3%) of the women present low risk of cardio-vascular diseases. In terms of
weight control treatments, 11 (26.1%) of the women admit having undergone
some sort of treatment, whereas 13 (30.9%) of the men never have. Of the
subjects that already adopted a trending diet, 5 (11.9%) are women and 2
(4.7%) are men. On the purpose of the diet, 4 (9.5%) of the men and 5 (11.9%)
of the women say it is for weight loss, whereas 2 (4.7%) men admit being or
having been on a diet to gain muscle mass. It can be observed that most of the
subjects (92%) do not consider fad diets to be the best method for weight
control. It can be concluded that most of the subjects present eutrophia and a
low risk of cardiovascular diseases. The female subjects show more interest in
weight control treatments and adopt fad diets more frequently, while the male
subjects show more interest in diets to gain muscle mass.
Keywords: Fad diets. Trending diets. Nutritional status. Physical activity
practitioners.
1. Introdução
A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, que
compromete a saúde dos indivíduos, acarretando alterações metabólicas, dificuldades
respiratórias e do aparelho locomotor (WANDERLEY; FERREIRA, 2010).
Obesidade é entendida como o excesso de gordura corporal, enquanto o sobrepeso é
definido como o excesso de peso corporal, resultante de um desequilíbrio energético
prolongado, no qual há um aumento nos depósitos de gordura corporal em razão do consumo
de energia exceder o gasto energético (BETONI et al., 2010).
Integra o conjunto das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), juntamente com diabetes
mellitus, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, infarto do miocárdio e alguns tipos de
câncer. Essas doenças constituem um dos principais problemas de saúde no mundo, pela alta
ocorrência e pela expressão no padrão de morbidade adulta (OLIVEIRA et al., 2009).
O diagnóstico da obesidade é realizado a partir do parâmetro estipulado pela Organização
Mundial de Saúde, índice de massa corporal (IMC), obtido a partir da relação entre peso
corpóreo (kg) e estatura (m)2 dos indivíduos. Por esse parâmetro, são considerados obesos os
indivíduos cujo IMC encontra- se num valor igual ou superior a 30 kg/m2 (WANDERLEY;
FERREIRA, 2010).
Esse indicador antropométrico apresenta uma boa correlação com a gordura corporal e com
as alterações metabólicas associadas à obesidade. Outro indicador bastante utilizado é a
circunferência da cintura, que expressa à concentração de gordura abdominal, em especial a
gordura visceral, e são de grande importância para verificar os riscos das doenças crônicas não
transmissíveis. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam as DCNT como
responsáveis por 58,5% de todas as mortes e por 45,9% da carga global da morbidade adulta
em todo o mundo (OLIVEIRA et al., 2009).
Os fatores de risco da obesidade e do sobrepeso são devido à adesão ao estilo de vida
sedentário, mudanças no padrão alimentar e estilo de vida da população, que se caracterizam
pela redução da atividade física, prática do tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas
e pelo aumento da taxa de urbanização. Entre os determinantes biológicos destacam-se a
idade, em especial a faixa etária dos 30 aos 50 anos (OLIVEIRA et al., 2009).
A obesidade é causa de incapacidade funcional, de redução da qualidade de vida, redução da
expectativa de vida e aumento da mortalidade, é uma doença crônica, o tratamento
medicamentoso não cura a obesidade, mas pode controlar a doença e diminuir as
comorbidades. Condições crônicas, como doença renal, câncer, diabetes mellitus (DM) tipo 2,
apneia do sono, doença hepática gordurosa não alcoólica, hipertensão, doenças
cardiovasculares, estão diretamente relacionadas com incapacidade funcional e com a
obesidade. Muitas dessas comorbidades também estão diretamente associadas a Doenças
Cardiovasculares (DCV). Estudos epidemiológicos têm confirmado que a perda de peso leva à
melhora dessas doenças, reduzindo os fatores de risco e a mortalidade (ABESO, 2010).
O preconceito com a obesidade é muito evidente nas sociedades ocidentais contemporâneas,
gerando um quadro contraditório em relação à magreza excessiva, tendo em vista que, na
mídia, as indústrias costumam vender alimentos gordurosos, enquanto a sociedade busca o
corpo perfeito (ANDRADE; BOSI, 2003).
A obesidade no mundo pode ser compreendida pelo resultado do fenômeno da transição
nutricional, uma redução na prevalência das doenças atribuídas ao subdesenvolvimento e ao
aumento das doenças vinculadas à modernidade, sendo, uma passagem da desnutrição para a
obesidade. O que tem sido considerada a mais importante desordem nutricional nos países
desenvolvidos e em desenvolvimento, devido ao aumento da sua incidência. De acordo com os
dados da Organização Mundial de Saúde, esse agravo possivelmente atinge 10% da população
destes países (WANDERLEY; FERREIRA, 2010).
Houve um aumentando nos países da América, tanto em países desenvolvidos quanto nas
sociedades em desenvolvimento. Na Europa, verificou-se um aumento entre 10% a 40% da
obesidade na maioria dos países. Na região Oeste do Pacífico, a Austrália, o Japão, Samoa e
China, também ocorreram elevação da prevalência da obesidade. A China e o Japão, apesar do
aumento da obesidade em comparação com outros países desenvolvidos, apresentam as
menores prevalências mundiais. Nos continentes africanos e asiáticos, a obesidade é
relativamente incomum, sendo que sua prevalência é mais elevada na população urbana em
relação à população rural (WANDERLEY; FERREIRA, 2010).
O problema do excesso de peso e da obesidade tem alcançado proporções epidêmicas. É
consenso na literatura que a obesidade vem atingindo níveis alarmantes não somente no Brasil,
mas no mundo todo, em todas as classes sociais e faixas etárias (MONTEIRO et al., 2000b;
PINHEIRO; FREITAS; CORSO, 2004).
O sucesso no tratamento da obesidade depende da magnitude da perda de peso e da
redução dos fatores de risco presentes no início do tratamento. É fundamentado o tratamento
da obesidade nas intervenções para modificação do estilo de vida, na orientação dietoterápica,
no aumento da atividade física e em mudanças comportamentais. No entanto, o percentual de
pacientes que não obtêm resultados satisfatórios com medidas conservadoras é alto (ABESO,
2010).
O tratamento farmacológico não é a primeira opção terapêutica para obesidade, a
dietoterapia associada à psicoterapia, devem ser sempre priorizadas. Quando transtornos
psiquiátricos como os transtornos fóbico-ansiosos, depressão atípica, síndrome do comer
noturno e transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) estão presentes contribuindo
para o ganho de peso, deve-se considerar a farmacoterapia (VASQUES; MARTINS; AZEVEDO,
2004).
O desprazer com a forma física e a constante busca pela magreza fazem com que as pessoas
limitem sua dieta, deixando de ingerir alimentos nutritivos que são necessários para o
adequado funcionamento do organismo, podendo causar sérios problemas de saúde como
deficiências vitamínicas e problemas comportamentais. O método mais utilizado para a perda de
peso tem sido a dieta com restrição calórica, buscando um maior grau de satisfação corporal
(TRIBESS; VIRTUOSO JUNIOR; PETROSKI, 2010).
Novas propostas são lançadas para o tratamento da obesidade, com boa aceitação do
publico. Quando são disponibilizadas no mercado novas dietas, o impacto sempre é bem maior
em relação ao obeso, por ser uma nova tentativa para emagrecer. Alimentos saudáveis, como
frutas, hortaliças, grãos, são associados à dieta e muitas vezes são entendidos como
obrigatórios para o indivíduo que necessita perder peso (LOTTENBERG, 2006).
Para a redução de peso e controle da obesidade, tem surgido uma grande oferta de dietas
quem prometem rápida perda de peso (BETONI et al., 2010).
As pessoas quando estão seguindo a dieta para perder peso, classificam como proibidos os
alimentos saborosos e os saudáveis como obrigatórios, sendo assim a dieta torna se algo
insuportável e induz os indivíduos a abandonarem o tratamento. Neste momento que as dietas
alternativas ganham maior visibilidade e aceitação, pois estão associadas à ausência de
sacrifício, sendo a única solução para o problema (LOTTENBERG, 2006).
A preocupação da sociedade atual pela perda e controle de peso leva a busca de dietas por
meio da imprensa popular, porém, muitas das dietas da moda podem trazer consequências
prejudiciais à saúde (BETONI et al., 2010).
Está cada vez maior a adesão a dietas da moda, disponibilizadas em revistas não cientificas
visando o emagrecimento rápido. Essas dietas não levam em consideração o cotidiano das
pessoas e nem seus hábitos alimentares (PACHECO; OLIVEIRA; STRACIERI, 2009).
Dietas com muito baixo valor calórico, induzem maior redução do metabolismo basal,
aumentando a chance de reganho de peso. Já dietas, nas quais se excluem determinados
alimentos, podem provocar carências nutricionais importantes. Por outro lado, a ingestão
exagerada de um único nutriente, como a gordura pode estar associada à ocorrência de
eventos cardiovasculares (LOTTENBERG, 2006). O quadro abaixo apresenta alguns exemplos
dessas dietas.
Quadro 1. Dietas da moda
Tipos de dietas da moda
Dieta do Dr. Atkins
Robert Atkins criou essa dieta e publicou um livro sobre ela na
década de 1970. É uma dieta com alto teor de lipídeos, baseada
na teoria de que nutrientes com maior ação dinâmica específica
aceleram o processo de emagrecimento. Com a restrição de
carboidratos, muito pobre em fibras alimentares e ácido ascórbico,
além de, elevar os níveis séricos de colesterol, triglicérides e ácido
úrico, e induzir um aumento do índice de filtração glomerular, pelo
aumento também dos níveis de ureia e creatinina no sangue.
Dieta de Beverly Hills
Foi idealizada por Judith Mazel, esta dieta preconiza que as
enzimas encontradas em frutas, como o abacaxi e o mamão
papaia, aceleram a mobilização do tecido adiposo para produção
de energia. Sem evidências científicas, é uma dieta baseada no
consumo de frutas, em grandes quantidades, em todas as
refeições, é uma dieta carente em proteínas, lípideos, cálcio,
calciferol, tocoferol, cobalamina, ferro e oligoelementos. Pela
monotonia e densidade calórica dos alimentos, a dieta torna se
hipocalórica, proporcionando assim perda de peso.
Dieta da Lua
A dieta preconiza que, a cada mudança de fase da lua, se
consuma por 24 horas uma dieta líquida. A alimentação líquida é
carente de proteínas e dependendo dos alimentos consumidos,
também de lipídeos, sempre com um valor energético reduzido.
Ocorre grande redução calórica, há perda de água e massa
muscular. O tempo de restrição energética é curto, não havendo
perda de tecido adiposo, é uma dieta carente em nutrientes, não
acontecem mudanças no hábito alimentar e não corrigi
definitivamente o excesso de peso.
Dieta da Sopa
Preconiza-se o consumo somente de sopa preparada com vários
legumes, com predomínio do repolho, três vezes ao dia, por uma
semana. Parecida com a dieta da lua em composição, porém com
o agravante de se utilizar a dieta líquida por um tempo maior, o
que possivelmente espolia as reservas corporais de ferro, não
levando a reeducação alimentar.
Dieta da USP
Não foi elaborada ou prescrita por nutricionistas da Universidade
de São Paulo. Propõe uma dieta cetogênica muito reduzida em
carboidratos. Mobiliza grande proporção de massa muscular,
havendo perda de água intracelular e eletrólitos, e perda de massa
adiposa. Apresenta agravante de conter café em boas
quantidades. Reduz o peso sem levar à aquisição de novo hábito
alimentar e estilo de vida, e, assim como as demais dietas,
somente traz resultados imediatos.
Fonte: Adaptado de Viggiano (2007)
Para a divulgação das dietas o marketing utilizado, tanto na imprensa escrita quanto falada,
é muito grande, envolvendo os indivíduos em uma série de ilusões, sendo a principal, a
promessa de perda rápida de peso. Sendo para o obeso seu maior desejo, facilitando a adesão
a essas novas propostas de tratamento (LOTTENBERG, 2006).
Frequentadores de academias de ginástica são em geral indivíduos com alta escolaridade,
com motivação e recursos para a prática de atividades físicas e para uma alimentação saudável
e com acesso a informações sobre nutrição e atividade física. Evidências científicas incentivam a
prática de exercícios físicos e a adoção de uma alimentação equilibrada (PEREIRA et al., 2003).
Atualmente, os profissionais da área da saúde analisam a prática de atividade física como um
fator causador do sucesso contra o processo de envelhecimento, prevenindo as doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT), mantendo assim uma boa saúde e qualidade de vida
elevada (MATSUDO; MATSUDO; BARROS NETO, 2001).
Para obterem-se parâmetros sobre estado nutricional e adesão a dietas da moda por
praticantes de atividade física, atualmente, se faz necessário novos estudos sobre o assunto e
um amplo conhecimento sobre as consequências que podem levar a utilização desses tipos de
dieta. Sendo assim, o presente estudo, visa avaliar o estado nutricional e verificar a adesão às
dietas da moda por praticantes de atividade física de uma academia de ginástica de um clube
paulistano.
Desse modo, o objetivo desse estudo foi avaliar o estado nutricional e verificar a adesão às
dietas da moda por praticantes de atividade física de uma academia de ginástica de um clube
paulistano, bem como analisar os riscos de doenças metabólicas.
2. Metodologia
Trata-se de um estudo transversal com coleta de dados primários, realizado com praticantes
de atividade física de uma academia de ginástica de um clube na região oeste, da cidade de
São Paulo.
A amostra do estudo foi composta por 42 adultos acima de 18 anos de ambos os sexos.
Os dados foram coletados em três dias habituais de treino. Foi aplicado um questionário,
elaborado pela própria pesquisadora, contendo questões objetivas e subjetivas, sobre controle
de peso, adesão às dietas da moda e variáveis antropométricas. Porém, é importante ressaltar
que, os participantes desta pesquisa escolheram uma ou mais opções nas questões onde
continham mais de uma opção como resposta.
Com a finalidade de avaliar o estado nutricional foram analisados altura e peso pelo índice de
Quetelet ou Índice de Massa Corporal (IMC) dado pela relação (WHO 1998):
O Quadro 2 mostra os parâmetros de classificação para indivíduos adultos.
Quadro 2. Classificação para IMC.
Fonte: Adaptado de WHO (1998)
O peso foi medido em quilogramas em uma balança Filizola®, pertencente à academia em
questão, com capacidade para 150 kg e sensibilidade de 100 g. Os participantes foram pesados
com vestimentas leves e sem sapatos.
A altura foi aferida em metros, utilizando-se o antropômetro em forma de haste, acoplado à
mesma balança Filizola®, pertencente à academia, com capacidade de 1,98 m e sensibilidade
de 0,5 cm. Os participantes foram medidos descalços, em posição ortostática, olhando para
frente, de forma a manter o plano Frankfort (FRISANCHO, 1999).
O presente estudo analisou a circunferência da cintura aferida com uma fita métrica de fibra
de vidro, inelástica, com o comprimento total de 1,50 m, nos indivíduos com o mínimo de
vestimentas.
A circunferência da cintura foi medida em centímetros (cm) no ponto médio entre a
extremidade inferior da costela e a crista ilíaca, ao final de uma expiração suave, com o
indivíduo em pé, em posição ereta, com o abdome relaxado, braços ao lado do corpo e pés
juntos. Na impossibilidade de encontrar o ponto médio, a medida foi feita dois dedos acima do
umbigo. Essa medida foi realizada perpendicularmente à linha axial do tronco (GROOT;
STAVEREN, 1980).
O risco para doença cardiovascular foi classificado a partir dos resultados obtidos da
circunferência da cintura (CC). Para avaliação, foram adotados os valores de referência
conforme as normas da OMS (1998) que classifica a CC, para mulheres, ≤ 80 cm um baixo risco
para doença cardiovascular, 3 80cm um risco alto para doença cardiovascular e 3 88cm como
um risco muito alto e, para homens, ≤ 94cm um baixo risco para doença cardiovascular, 3
94cm um risco alto e 3 102cm como um risco muito alto para doença cardiovascular.
Para a autorização e realização da pesquisa, foi encaminhada uma Carta de Informação à
Instituição e Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, contendo informações sobre os
objetivos do trabalho.
Os praticantes que compuserem a amostra foram informados previamente das medidas que
seriam realizadas e se submeteram voluntariamente ao estudo. Para cada participante foi
entregue uma Carta de Informação ao Sujeito da Pesquisa e um Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido para que, a partir da ciência dos procedimentos do estudo, optassem ou não pela
sua participação e assinatura do termo.
Só foi realizada a pesquisa após a autorização do indivíduo, e quanto aos dados coletados,
estão mantidos em sigilo, assegurando o anonimato e preservando a identidade dos
participantes e da Instituição.
Após o término da coleta de dados foi entregue aos participantes um folheto com dicas para
uma alimentação saudável e para a direção do clube a copia do trabalho concluído.
Para organizar os dados e a tabulação das informações coletadas, foi utilizado o programa
Microsoft Excel versão 2007. Os dados foram tabulados de acordo com a estatística descritiva.
3. Resultados e discussão
Foram entrevistados 42 frequentadores da academia de um clube em São Paulo, sendo 23
(54,7%) do sexo feminino e 19 (45,2%) do sexo masculino. A média de idade foi de 43,6 anos
(desvio padrão (DP) ±17,9 anos). Entre os estudados, 73,8% tinham nível superior completo,
11, 9% estavam cursando nível superior e 2,3% estavam no ensino médio; 45,2% trabalhavam
e 52% não, desses, 38% eram aposentados.
A média semanal que a amostra estudada pratica atividade física é de 4 vezes na semana. A
grande maioria (38 indivíduos - 90,4%) era não fumante, apenas 4 pessoas (9,5%) alegaram
ter o hábito de fumar. Entre os entrevistados 19 (45,2%) consumiam algum tipo de bebida
alcoólica, 23 (54,7%) não consumia nenhum tipo de bebida alcoólica.
Segundo o estudo de Pereira e Cabral (2007) com 141 clientes de academias de Recife-PE,
em relação aos praticantes de musculação, verificou-se um leve predomínio de indivíduos do
sexo feminino (54,3%) e a maioria dos frequentadores da academia deste estudo praticava
musculação de 2 a 5 vezes por semana, podendo ser observado dados semelhantes com os
obtidos no presente estudo.
Referente à média da quantidade de refeições diárias referidas pelos indivíduos foi de 4,4
refeiões consumidas por dia, entre desjejum, colação, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia.
Com relação aos dados antropométricos, que podem ser observados na tabela 1, dentre os
homens 13 (30,9%) estão estróficos e 5 (11,9%) apresentaram sobrepeso, enquanto que 18
(42,8%) mulheres se encontram com peso saudável e 2 (4,7%) foram classificadas como
obesas. O que difere dos resultados obtidos no estudo de Rezende et al. (2006), em relação à
obesidade abdominal, foi constatado um porcentual elevado de mulheres (42%) e homens
(22,2%). Na categoria sobrepeso, tanto homens quanto mulheres já apresentavam medida de
CA de risco, confirmando a presença de obesidade abdominal mesmo em indivíduos com IMC
inferior a 30.
No presente estudo, a classificação da circunferência da cintura, entre os homens 16 (38%),
e 14 (33,3%) mulheres, apresentaram baixo risco para doenças cardiovasculares, apenas 1
(2,3%) dentre todos os homens, apresentou risco muito elevado para doenças
cardiovasculares. Resultado diferente do que foi mostrado no estudo de Oliveira Filho e
Shiromoto (2001) que verificou um maior perímetro de cintura para os homens, podendo ser
pela característica da obesidade andróide - maior acúmulo de gordura na região central e mais
específica para homens as medidas de cintura e quadril.
Tabela 1. Distribuição, em número e porcentagem, da classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) e a classificação da
Circunferência
da Cintura (CC) de praticantes de atividade física de uma academia de um clube da região oeste da cidade de São Paulo, 2012
Quanto a algum tipo de tratamento para controle de peso (tabela 2), 11 (26,1%) mulheres e
5 (11,9%) homens relataram sim, ter feito algum tipo de tratamento, entre os tipos, 4 (9,5%)
mulheres se referiram fazer atividade física para controlar ou manter o peso saudável, dentre o
total de participantes 5 (11,9%) já teriam feito tratamento nutricional. Enquanto que 13
(30,9%) dos homens contaram que não fazem ou nunca fizeram algum tipo de tratamento.
A prática habitual de exercícios físicos como meio para o emagrecimento foi relatada por
62% dos sujeitos estudados em uma pesquisa, os quais acreditam que a combinação entre
exercícios aeróbios e anaeróbios produz melhores resultados (DINIZ JUNIOR et al., 2011).
Em relação aos participantes que já aderiram a algum tipo dieta da moda, 5 (11,9%) são
mulheres e 2 (4,7%) homens, dentre os tipos mencionados no questionário, a dieta da proteína
foi a mais utilizada em ambos os sexos. A dieta da lua, dieta pobre em gordura, dieta do
carboidrato e a dieta dos pontos foram as mais referidas entre as mulheres.
Dados semelhantes que podem ser vistos também em um estudo, que os indivíduos que
relataram já ter realizado dietas da moda eram compostos por 11 pacientes (27,5%), todos do
sexo feminino (BETONI et al., 2010).
Segundo o estudo de Diniz Junior et al. (2011) foi observado que 47% da amostra faz
alguma dieta com o intuito de emagrecer e 29% consomem algum tipo de suplemento
alimentar.
Resultados obtidos por Betoni et al. (2010) em sua pesquisa, verificou uma baixa procura
por dietas das moda pelos pacientes atendidos em um ambulatório de especialidades em
nutrição, o que também foi observado no presente estudo devendo ser ao conhecimento
adquirido por eles antes do atendimento nutricional sobre escolhas alimentares, optando por
dietas saudáveis ao invés de dietas da moda.
Entre os tipos de dietas da moda relacionadas no questionário, a da sopa teve um número
maior de citações. Em compensação, a da lua foi marcada somente por 1 indivíduo. As dietas
relatadas de maior dificuldade de seguir, na pesquisa em questão, foram a dieta da lua, dieta
dos Vigilantes do peso e a dieta da sopa.
As dietas seguidas por maior tempo foram a dieta da lua, Vigilantes do Peso e a dieta
prescrita por um nutricionista. Ambas as dietas caracterizam-se por uma ingestão calórica muito
baixa, em torno de 200 a 800 kcal/dia e restrição na variedade dos alimentos oferecidos, exceto
a prescrita por um nutricionista.
No estudo de Diniz Júnior et al. (2011), a busca pela redução do percentual de gordura tem
despertado o interesse das pessoas em freqüentar academias de ginástica, na pesquisa
realizada neste estudo detectou-se que 48% dos sujeitos investigados objetivam
emagrecer. Podendo ser observado valores próximos na presente pesquisa, como o principal
objetivo da dieta, em que 4 (9,5%) homens e 5 (11,9%) mulheres responderam perda de peso,
2 (4,7%) dos homens disseram que fazem ou já fizeram dieta para ganhar massa muscular. Em
ambos os sexos, 6 (14,2%) obtiveram sucesso em suas dietas.
O motivo da dieta observado dentre os participantes, 5 (11,9%) homens e 3 (7,1%)
mulheres foram por auto prescrição. 2 (4,7%) mulheres se diziam arrependidas de fazer dietas,
enquanto 5 (11,9%) das mulheres e 6 (14,2%) entre os homens não se arrependem.
Ambos os sexos relataram que a dieta ajudou a perder peso, apenas 1 mulher não achou o
mesmo. Com relação ao ganho de peso após a realização da dieta 4 (4,5%) homens disseram
não ganhar peso e 2 (4,7%) mulheres ganharam peso com facilidade após a realização da
dieta.
Ainda na tabela 2, o participante quando questionado se já teria feito algum tratamento para
controle de peso, no item “Outros”, as respostas informadas pelos indivíduos foram: Herba
Life®, óleo de coco, dieta para redução do colesterol, dietas oferecidas pelos Vigilantes do Peso
e cirurgia plástica como a Lipoaspiração.
Tabela 2. Distribuição, em número e porcentagem, do uso das dietas da moda por praticantes
de atividade física de uma academia de um clube da região oeste da cidade de São Paulo, 2012
Variável
Sexo
Masculino Feminino
Sim Não Sim Não
n % n % n % n %
Tratamento para controle de
peso
5 11,9 13 30,9 11 26,1 12 28,5
Remédio - - - - 3 7,11 - -
Médica - - - - - - - -
Atividade física 1 2,3 - - 4 9,5 - -
Nutricional 2 4,7 - - 3 7,1 - -
Outros 2 4,7 - - 3 7,1 - -
Já fez algum tipo de dieta da
moda 2 4,7 - - 5 11,9 - -
Dieta do carboidrato - - - - 2 4,7 - -
Dieta da proteína 2 4,7 - - 2 4,7 - -
Dieta da sopa - - - - 1 2,38 - -
Dieta da lua - - - - 2 4,7 - -
Dieta pobre em gordura - - - - 02 4,7 - -
Dieta dos pontos 01 6,7 - - 02 4,7 - -
Dieta do grupo sanguíneo - - - - - - - -
Objetivo da dieta
Perda de peso 4 9,5 - - 5 11,9 - -
Ganho de peso - - - - - - - -
Perda de massa muscular - - - - - - - -
Ganho de massa muscular 2 4,7 - - - - - -
Outros - - - - 1 2,3 - -
Obteve sucesso
Sim 6 14,2 - - 6 14,2 - -
Não - - - - 1 2,3 - -
Motivo da dieta
Prescrição médica - - - - 2 4,7 - -
Prescrição do Nutricionista 1 2,3 - - - - - -
Auto prescrição 5 11,9 - - 3 7,1 - -
Problemas de saúde - - - - - - - -
Se arrependeu de fazer dieta - - 6 14,2 2 4,7 5 11,9
A dieta ajudou a perder peso
ou ganhar massa 6 14,2 - - 5 11,9 1 2,3
Voltou a ganhar peso com
facilidade após a realização
da dieta
1 2,3 4 9,5 2 4,7 3 7,1
Na figura 1 pode-se observar que a maioria dos indivíduos pesquisados (92%) não considera as
dietas da moda como a melhor maneira para o controle de peso.
Figura 1. Porcentagem da opinião sobre uso das dietas da moda como “melhor forma de emagrecer“ por
praticantes de atividade física de uma academia de um clube da região oeste da cidade de São Paulo, 2012
Diante disso, nos dias de hoje dentre as várias medidas que têm por finalidade
emagrecimento com saúde, a maneira mais segura e saudável é seguir uma dieta
nutricionalmente balanceada.
4. Conclusão
Pode-se concluir que grande parte dos entrevistados apresentou eutrofia, e um baixo risco
para doenças cardiovasculares, observando-se que as mulheres se importam mais com
tratamentos para controle de peso e aderem a dietas da moda com maior facilidade, enquanto
os homens valorizam mais as dietas para ganhar massa muscular.
Tanto os homens como as mulheres, praticantes de atividade física, frequentadores da
academia de um clube, na qual oferece diversos tipos de modalidades, pode-se perceber que a
maioria dos indivíduos não pratica apenas musculação, se preocupa com a saúde, e tenta
manter o peso saudável, não considerando as dietas da moda como a melhor opção para
controle de peso.
Referencias
ABESO - Posicionamento Oficial da ABESO/SBEM. Atualização das Diretrizes para o
Tratamento Farmacológico da Obesidade e do Sobrepeso. ABESO 76 – Edição Especial, outubro
de 2010.
ANDRADE, A.; BOSI, M. L. M. Mídia e subjetividade: impacto no comportamento
alimentar feminino. Rev. Nutr. Campinas, vol.16, n.1, p.117-125, 2003.
BETONI, F. et al. Avaliação de utilização de dietas da moda por pacientes de um
ambulatório de especialidades em nutrição e suas implicações no metabolismo. Universidade
nove de julho Brasil, Conscientiae saúde, vol.9.3, PP.430-440, 2010.
DINIZ JUNIOR J. et al. Avaliação do conhecimento sobre emagrecimento e exercício
físico de frequentadores de academias de ginástica de Santarém, Pará. EFDeportes.com,
Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - No 158 - Julio de
2011.
FRISANCHO, A. R. Anthropometric standards for the assessment of growth and
nutritional status. Ann Arbor: University of Michigan; 1999.
GROOT, L.; STAVEREN, W. V. Working plan and manual of operation - anthropometry -
Nutrition and the elderly a concerted action on nutrition health. In: European Community. Euro-
nut., Netherlands, November, 1980.
LOTTENBERG, A. M. P. Tratamento dietético da obesidade. Einstein. Supl 1: S23-S28,
2006.
MATSUDO, S. M.; MATSUDO, V. K. R.; BARROS NETO, T. L. Atividade física e
envelhecimento: aspectos epidemiológicos. Rev. Bras. Med. Esporte. São Caetano do Sul, SP,
vol.7, n.1, 2001.
MONTEIRO, C. A. et al. Da desnutrição para a obesidade: A transição nutricional no
Brasil. In: Velhos e Novos Males da Saúde no Brasil (C. A. Monteiro, org.), pp. 247-255, 2a Ed.,
São Paulo: Editora Hucitec, 2000.
OLIVEIRA FILHO, A. O.; SHIROMOTO, R. N. Efeitos do exercício físico regular sobre
índices preditores de gordura corporal: índice de massa corporal, relação cintura- quadril e
dobras cutâneas. Revista da Educação Física/UEM Maringá, vol. 12, n. 2, p. 105-112, 2001.
OLIVEIRA, L. P. M. et al. Fatores associados a excesso de peso e concentração de
gordura abdominal em adultos na cidade de Salvador. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25
(3): 570-582, mar, 2009.
PACHECO, C. Q.; OLIVEIRA, M. A. M.; STRACIERI, A. P. M. ANÁLISE NUTRICIONAL DE
DIETAS PUBLICADAS EM REVISTA. Revista Digital de Nutrição, Ipatinga, v. 3, n. 4, p. 346-361,
fev./jul. 2009.
PEREIRA, J. M. O.; CABRAL, P.; Avaliação dos conhecimentos básicos sobre nutrição de
praticantes de musculação em uma academia da cidade de Recife; Revista Brasileira de
Nutrição Esportiva; vol. 1, n1, p. 40-47, jan/fev. ISSN 1981-9927; São Paulo, 2007.
PEREIRA, R.F.; LAJOLO, F.M.; HIRSCHBRUCH, M.D. Consumo de suplementos de
alunos de academias de ginástica em São Paulo. Revista de Nutrição, vol.16, p.265-72, 2003.
PINHEIRO, A. R. O.; FREITAS, S. F. T.; CORSO, A. C.T.; Uma abordagem
epidemiológica da obesidade. Rev. nutr; vol. 17, n4, p. 523-533, out./dez. 2004.
REZENDE et al.; Índice de Massa Corporal e Circunferência Abdominal: Associação com
Fatores de Risco Cardiovascular; Arq Bras Cardiol, v. 87, n. 6, p. 728-734. Viçosa, 2006.
TRIBESS, S.; VIRTUOSO JUNIOR, J. S.; PETROSKI, E. L. Estado nutricional e percepção
da imagem corporal de mulheres idosas residentes no nordeste do Brasil. Ciência & Saúde
Coletiva. vol.15, n.1, p.31-38, 2010.
VASQUES, F.; MARTINS, C. F.; AZEVEDO, P. A. Aspectos psiquiátricos do tratamento da
Obesidade. Rev. Psiq. Clin. 31 (4); 195-198, 2004.
VIGGIANO, C. E. Dietas da Moda. Revista Brasileira de Ciências da Saúde, ano III, no
12, abr/jun 2007.
WANDERLEY, E. N; FERREIRA, V. A. Obesidade: uma perspectiva plural. Ciência &
Saúde Coletiva, v 15, n1, p.185-194, 2010.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Obesity :preventing and managing the global
epidemic. Report of WHO Consultation on obesity. Geneva, 1998.